Um caso de vidas passadas

Um senhor me procurou a pedido de sua esposa. Ele aparentava cinquenta e poucos anos, era alto, forte e carismático. Explicou-me que havia se aposentado e desde então trabalhava com sucesso com corretor, já que era muito bem relacionado. Porém havia dois anos que não conseguia fechar mais nenhum negócio.

Perguntei o que havia acontecido há dois anos, e ele me respondeu que nesta época tinha um sócio que também era um grande amigo, e que comprou com ele umas terras, sem no entanto pagá-lo o valor devido. A situação fez com que os dois se afastassem e que meu paciente ficasse muito magoado e impressionado com a traição do amigo. Desde então ele não tinha mais nenhum sucesso com seu trabalho de corretagem.

Observei que todos os seus chacras estavam parados e que havia sim interferência espiritual. Quando ele se deitou na maca, percebi que seus pés estavam presos em um emaranhado de nós e cipós trançados. Ao lhe falar isso ele levantou a cabeça e disse: É isso mesmo! É assim que também percebo, como se tivesse meus pés presos e não conseguisse andar para frente!

Ao fazer o trabalho de limpeza de São Miguel minha visão mental se abriu para uma cena no passado. Vi meu paciente matando a pauladas um outro homem, com grande violência. Depois vi que outros homens, a mando do primeiro, enterravam o corpo do homem assassinado, embaixo de uma grande árvore derrubada na divisa de dois terrenos rurais. Depois vi meu paciente ajoelhado junto à árvore caída e túmulo chorando muito, visivelmente arrependido e consternado com seu gesto intempestivo e crime.

Não contei ao paciente o que havia visto, apenas lhe disse que no passado ele havia feito um grande mal ao amigo por uma disputa de terras, e que desta vez o amigo trazia inconscientemente uma mágoa muito grande, que de alguma forma causou a traição.

Jogando luz sobre seu coração, pedi que pensasse no amigo, pedindo perdão pelos erros do passado e o perdoando pela faltas no presente. Então o cipoal que prendia seus pés se soltou e desapareceu. Todos os seus chacras voltaram a funcionar normalmente.

Eu lhe expliquei que a situação que ele vivera, foi permitida acontecer para que ele se mantivesse humilde e não deixasse que os interesses materiais sobrepujassem os valores morais. Ele entendeu e foi embora. Por telefone me disse que o trabalho estava voltando ao normal!